agosto 20, 2007

"PESQUISANDO, INFORMANDO E COMPARANDO COM MEUS PRÓPRIOS SINTOMAS: DIAGNÓSTICO, ESTRESSE, DEPRESSÃO, TRANSTORNO BIPOLAR, TOC"

O objetivo desse capítulo é tentar passar as informações básicas necessárias para se compreender muitas das Síndromes tão comentadas e existentes na época atual, sendo por demais importante lembrar que essas informações foram pesquisadas, discutidas, vividas por mim por mais de dez anos consecutivos e também resultado de uma coleta de dados de várias outras pessoas atingidas por essas enfermidades.


Esse livro deve ser considerado um material de consulta, de paciente para paciente, não esquecendo o fato de que não sou "médica", mas isto não me tira o direito de estudar, pesquisar, comentar, discutir e de passar para as pessoas minhas conclusões a respeito, todo o meu aprendizado, meus erros e acertos, estando bem aberta também à quaisquer sugestões, informações e críticas construtivas que possam, náo só me beneficiar, como ajudar as pessoas em geral.


Vou tentar fazer um apanhado de cada sintoma, usando material diverso e fazendo, ao mesmo tempo, uma ligação com as transformações que ocorreram em meu corpo e também em como minha visão sobre o estresse e a depressão foram se modificando com o passar do tempo.





DIAGNÓSTICO - é a primeira etapa no tratamento de qualquer doença.


Em relação ao "diagnóstico" posso dizer que sofri bastante com diagnósticos divergentes, não só em relação ao estresse como também em relação a outras enfermidades.


Como a área de saúde anda doente e piorando a cada dia que passa, fica muitas vezes impossível para os médicos e agentes da área de saúde poderem fazer o trabalho de investigação junto ao paciente, seja no âmbito municipal ou estadual.


Além desse problema extremamente sério, já conhecido por todos nós, existem outros fatores também muito sérios que contribuem para um diagnóstico precário, falso, incompleto, demorado, e que por muitas vezes, uma simples "espinha" acaba se transformando em um "câncer".


Fatores como:


. despreparo do profissional;


. uso inadequado do tempo disponível, que já é precário (o importante é a qualidade da atenção dispensada ao paciente, e não a quantidade de tempo que o profissional tem disponível);


. a frase "seja objetiva" para o paciente é terrível, fazendo com que esse paciente, logicamente, acabe não conseguindo falar sobre os seus sintomas, suas dores, o que o está incomodando, enfim, escondendo, camuflando várias informações por demais importantes, não só para o diagnóstico em questão, como para estudo e pesquisas posteriores, dependendo da enfermidade;


. "o desrespeito para com o paciente" também interfere no diagnóstico.


Há a necessidade do uso de uma linguagem mais accessível, mais clara, verdadeira. O médico não deve esquecer que para o paciente, ele é o "Super Homem" que vai amenizar as suas dores. É seu "salva vidas", sua "esperança", sua luz no fim do túnel.


Como na maioria das vezes, esse paciente tem que ser submetido à diversos exames, a outras consultas, com outros especialistas, para que se obtenha todas as informações necessárias para se chegar ao DIAGNÓSTICO, esse paciente necessita de todo respeito, cuidados, de ser informado com clareza e paciência, pois ele está com dores, vulnerável, sensível e, na maioria das vezes, desacreditado e cansado na procura de um tratamento adequado.


OS FALSOS DIAGNÓSTICOS têm aumentado de uma forma diretamente proporcional à evolução da medicina.


Costumam dizer que as pessoas idealistas estão totalmente fora da realidade. Será?


Não só na Medicina, como em todas as áreas de trabalho, têm sido cada vez mais difícil as condições mínimas para a execução das atividades, mas o mínimo que podemos fazer é, dentro desse espaço tão escasso, fazermos o melhor, trabalhar dentro da verdade, consciente, com vontade e garra, tentando mudar pelo menos uma agulha do lugar.


Nada irá justificar o descaso, o despreparo, o desrespeito e as suas terríveis consequências.


Se você estiver fazendo a sua parte, então terás também todo o direito de reinvindicar melhores condições de trabalho, remuneração, mudanças urgentes e necessárias.

Mesmo tendo eu condições financeiras para fazer tratamento médico, com um bom plano de saúde, com acesso a vários especialistas e todos os tipos de exames, não foi feita a investigação necessária para se chegar a um DIAGNÓSTICO CORRETO para um tratamento adequado.

Hoje posso dizer que um "diagnóstico" de estresse ou depressão não exclui a possibilidade desse paciente ter outras enfermidades, às vezes até mais séria e mais urgente de ser tratada.

Eu tive o desprazer de ter que passar por discriminação, preconceitos e por outros transtornos. As minhas perdas foram muitas; estou indignada, sem saber como proceder, tenho vontade de exigir indenização por danos morais, físicos, psíquicos, profissionais, enfim.

Acredito que seja minha convicção religiosa talvez que ainda não esteja me permitindo, ou minha impotência e falta de energias para lutar por aquilo que é correto, pelos meus direitos.

Qualquer dor ou alteração em meu corpo era diagnosticado como "depressão", "estresse", "síndrome do pânico" e outras síndromes diversas.

Nunca passou pela minha cabeça que teria tantas síndromes no decorrer de minha vida. E minhas dores no corpo então: "eram ou são psíquicas?"

Quantas e quantas vezes eu fui desmaiada para o pronto socorro, com dores terríveis de cabeça, com arritimia e, quando a enfermeira chegava mais perto e tomava conhecimento que eu tinha estresse em último grau, comentava com deboche: "- A Senhora não tem dada. Está precisando passear, está muito nervosa... ". Gente! Passear como? Com tantas dores pelo corpo, sem conseguir me manter em pé, trabalhando me arrastando e lutando com todas as minhas poucas forças.

Isso é inaceitável! CRUEL! Como dizem meus filhos, ANIMAL! Eles estão viajando, meu!

Agora, pergundo: o CÂNCER é psíquico, a AIDS é psíquica, a TUBERCULOSE é psíquica?

Mesmo que fossem, teriam que ser tratadas com respeito, cuidado e atenção.



NÃO POSSO ESQUECER DE REINVINDICAÇÃO DAS PESSOAS QUE CONHECI EM TRATAMENTOS PELO SUS: "SENHORES GOVERNANTES, ANALISEM:

QUANDO PROCURAMOS UM HOSPITAL, PARA NOS TRATARMOS, ENFRENTAMOS FILAS ENORMES PARA CONSEGUIR MARCAR UMA PRIMEIRA CONSULTA, DEPOIS MAIS UNS TRÊS MESES PARA MARCAR OS EXAMES, EM SEGUIDA, MAIS UNS DOIS MESES PARA FAZER OS EXAMES, DEPOIS MAIS ALGUNS MESES PARA OBTER O RESULTADO, MAIS UNS MESES PARA O RETORNO COM O PRIMEIRO MÉDICO, EM SEGUIDA MAIS UNS TRÊS MESES PARA PASSAR POR OUTRO ESPECIALISTA, VIRAMOS UMA BOLINHA DE PINGUE-PONGUE... QUANDO SERÁ QUE TEREMOS NOSSO "DIAGNÓSTICO?"



PARA AGUENTAR TUDO ISSO, "PRECISAMOS TER SAÚDE",

TEMPO PARA PASSAR HORAS DENTRO DO HOSPITAL, UM EMPREGO ONDE O PATRÃO ACEITE ESSAS FALTAS, TER UMA DOENÇA QUE " ESTACIONE" A PARTIR DO MOMENTO EM QUE ENTRAMOS NO HOSPITAL PARA PROCURAR TRATAMENTO.



SENHORES GOVERNANTES! SENHORES DOUTORES! NÃO TEMOS NEM UM REAL PARA A CONDUÇÃO, A DESPENSA ESTÁ VAZIA, ACABEI PERDENDO MEU EMPREGO, ESTOU COM DOR, NÃO TENHO MEDICAMENTOS, ESTOU SEM FORÇAS, NÃO AGUENTO MAIS ABAIXAR MINHA CABEÇA, MINHA HUMILDADE ESTÁ PASSANDO A SER UM DEFEITO, PRECISO CUIDAR DE MEUS FILHOS E TENHO TODO O DIREITO DE TER UMA FAMÍLIA, DE COMER, DE VIVER, DE TRABALHAR, DE SER RESPEITADA, DE RECEBER DE VOCÊS O MÍNIMO DO MÍNIMO.

PARA AGUENTAR TUDO ISSO "PRECISAMOS TER SAÚDE".

ISSO É EXTREMAMENTE VERGONHOSO, CRUEL DEMAIS!



continuando a pesquisa



"Na psiquiatria, houve um grande progresso nos últimos vinte anos, com o desenvolvimento de critérios diagnósticos mais precisos e confiáveis.

Paralelamente, a aplicação desses critérios e um maior rigor metodológico na condução de ensaios clínicos produziram um avanço significante no tratamento de diversos tipos de transtornos mentais.
DEPRESSÃO: é um dos transtornos mentais mais frequentes e constitui hoje um "problema de saúde pública". As estatísticas indicam um aumento progressivo da depressão.
A maior parte dos casos é atendida por clínicos gerais ou médicos de outra especialidade não-psiquiátrica, que deixam, entretanto, de diagnosticar até metade dos transtornos depressivos.
O diagnóstico é particularmente provável de ser ignorado quando as queixas são mais físicas do que psicológicas ou quando existe outra doença concomitante.
Além disso, estimou-se que apenas metade das pessoas com depressão procure tratamento médico".



O QUE É DEPRESSÃO:


A depressão é uma doença que afeta o bem estar físico provocando cansaço, alterações no sono e mudanças no apetite; e o bem estar mental provocando alterações no ânimo, no pensamento e no comportamento. A depressão afeta o funcionamento global da pessoa constituindo um problema sério que compromete a vida pessoal e profissional de quem a possui, e requer ser diagnosticada e tratada adequadamente. A depressão é um doença frequente que afeta 1 a cada 5 mulheres e 1 a cada dez homens. Pode aparecer em qualquer fase da vida, desde a infância até em idades avançadas.


OBSERVAÇÃO: no decorrer do livro, falo e discuto muito sobre a "discriminação", "preconceito", e "falta de informação sobre depressão e estresse". Mesmo com a população recebendo informações através de vários meios de comunicação, acredito que seja necessário esclarecer o perigo do estresse, as doenças que ele pode ocasionar, sendo que muitas delas pode até incapacitar o paciente. Infelizmente, ainda existem muitas pessoas, com alto nível cultural, que consideram a depressão coisa de louco, usam de discriminação e de maledicência em relação à capacidade física, mental e intelectual do indivíduo, como se não houvesse tratamento e solução para a enfermidade. Conheci diversos profissionais de diversas áreas, tendo como diagnóstico estresse e depressão, necessitando de afastamento das suas atividades laboriais e, por terem consciência da probabilidade de ser discriminado e perder o seu emprego e respeito perante os colegas, acabam não se tratando adequadamente.


Uma vez perdi os sentidos, tive um mal estar por ter excedido no trabalho e acabei passando mal na sala dos professores (isso aconteceu várias vezes, mesmo estando em tratamento). Imediatamente, colegas de trabalho aconselharam que eu entrasse com um atestado médico de qualquer enfermidade que não fosse nem estresse e nem depressão, pois isso iria prejudicar minha carreira dentro da escola. Naquele momento, além de estar me sentindo mal, me senti praticamente uma criminosa em potencial, como se eu estivesse infringindo alguma lei.


Além disso, durante esses últimos oito anos, tive testemunhos diversos de perdas profissionais incríveis, sem sentido, devido a pessoa estar em tratamento de estresse e depressão.


Algumas empresas já adotaram programas anti-estresse, para seus funcionários, ganhando com isso uma produção maior e garantida, e ajudando a diminuir esse problema de saúde pública.


Mas, infelizmente, mesmo sendo uma iniciativa barata e simples, geralmente na maioria das empresas começa como fogo de palha e logo vem a água para apagar.


TRISTEZA diferente de DEPRESSÃO


. o humor depressivo (triste) é uma reação normal a frustações ou perdas. Não deve ser confundido com o transtorno depressivo maior. Geralmente quando a tristeza está presente e você tem como identificar o motivo ou o que ocasionou esse estado de espírito, logicamente é provável que você não esteja passando por um transtorno depressivo maior;


. TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR - uma das muitas formas de depressão clínica, que é uma condição médica grave, com consequências significativas para a saúde pública. Cerca de 15% da população em geral irão apresentar depressão maior em algum período da vida. Isso tudo porque a depressão é considerada por muitos pacientes e pessoas leigas em geral, uma consequência de defeito de caráter ou falta de força de vontade


UMA DAS COISAS MAIS DIFÍCEIS DOS PACIENTES DE DEPRESSÃO MAIOR É TEREM QUE SUPORTAR O FARDO ADICIONAL DE UMA DOENÇA QUE A SOCIEDADE CONSIDERA REFLEXO DE FRAQUEZA OU DEFEITO PESSOAL.


Muitas vezes, escutei pessoas dizerem: - Eu jamais terei depressão, pois considero isso uma fraqueza, uma falta de forças para enfrentar problemas. Infelizmente, tive o desprazer de ver algumas dessas pessoas em estado lastimável de sofrimento com a depressão. Costumo dizer: - Gente! Cuidado! O próximo pode ser você.


Infelizmente esse transtorno só é diagnosticado e tratado de forma adequada em menos de 1/3 dos casos.


Mas, pessoalmente, acredito que seja um número bem maior de pessoas afetadas e mal informadas sobre o assunto.


TRANSTORNOS QUE A DEPRESSÃO TRAZ:


. compromete o relacionamento familiar;


. compromete o desempenho profissional;


. altera o convívio social;


. piora o prognóstico de outras doenças.


CONSEQUÊNCIA MAIS GRAVE DE UMA DEPRESSÃO MAIOR: O SUICÍDIO


TRATAMENTO - é uma doença que pode ser tratada com bons resultados. Em muitos deles, o diagnóstico e tratamento podem ser realizados com sucesso pelo clínico geral.


Ainda é bem claro "o preconceito", tanto do paciente como das pessoas em geral, em relação ao "psiquiatra".


Normalmente concluem que devemos estar loucos, desequilibrados ou algo parecido. No tratamento de estresse e depressão, geralmente é indicada a psicoterapia para praticamente 100% (cem por cento) dos pacientes.


Atenção: A escolha desse profissional é extremamente importante e delicada. O paciente tem que se sentir confortável, desarmado, sentir apoio e confiança na capacidade do psicoterapeuta que vai ajudá-lo a encontrar soluções e caminhos que ele tenha condições de seguir, tanto para viver na sociedade como para se aceitar e se modificar naquilo que for necessário, para melhorar sua situação interior e exterior. Ter consigo um profissional que respeite a sua essência.


É uma doença que pode ser tratada com bons resultados.


O tratamento pode ser ambulatorial ou em centros especializados, dependendo da disponibilidade de um terapeuta competente como também o grau de gravidade da depressão.


" NEM TODOS OS DEPRIMIDOS SE QUEIXAM DE TRISTEZA E MUITOS PACIENTES QUE SE SENTEM TRISTES NÃO TÊM DEPRESSÃO MAIOR"


SINTOMAS OU QUEIXAS MAIS FREQUENTES EM PACIENTES COM DEPRESSÃO:


. dor (cabeça, addominal e de outros tipos);


. insônia ou sonolência excessiva;


. aumento ou redução de apetite (percebam que esses sintomas estão nos pontos extremos, fora do equilíbrio);


. perda ou ganho de pêso;


. pouca energia - cansaço, fadiga severa, desânimo, diminuição da capacidade para o prazer;


. apatia, irritabilidade ou ansiedade, ao invés de tristeza, ou associado a ela;


. queixas em relação ao desempenho sexual.


O médico que estiver acompanhando esse paciente, deve redobrar a atenção à possibilidade de depressão em indivíduos com menos de 40 (quarenta) anos. Daí a necessidade do médico ter a capacidade de usar seu tempo com o paciente com sabedoria, com qualidade, buscando muitas vezes, no seu tempo escasso, informações relevantes para se ter um perfil do paciente em questão.


OUTROS INDÍCIOS CLÍNICOS QUE SUGEREM A POSSIBILIDADE DE UM TRANSTORNO DEPRESSIVO.


- epsódios anteriores de depressão;


- história familiar de depressão ou de transtorno bipolar;


- história familiar ou pessoal de tentativa de suicídio;


- outras doenças não-psiquiátricas;


- uso de medicamentos que possam induzir depressão;


- abuso do álcool ou drogas;


- sintomas de fadiga, mal estar, irritabilidade ou tristeza;


- situações estressantes recentes e falta de apoio social, profissional ou familiar.


"O ESTRESSE NÃO JUSTIFICA A DEPRESSÃO, MAS O "ESTRESSE" PODE DESENCADEAR A DEPRESSÃO EM ALGUNS CASOS".


Observe que os indícios acima fazem parte do histórico do paciente.


O paciente conseguirá ser objetivo ser for feito a ele as perguntas relevantes no processo de investigação.


O PEDIDO "SEJA OBJETIVO(A)", PARA O PACIENTE, É DESOLADOR, DESANIMADOR, INIBIDOR, DISTANCIANDO O PACIENTE DO MÉDICO.


ANAMNESE - instrumento para se detectar sintomas depressivos:


. depressão maior - conjunto de vários sintomas que não são uma reação normal a situações de estresse ou luto;


. humor deprimido ou triste - é apenas um dos sintomas de depressão maior;


. apresente ao paciente uma lista de sintomas de depressão e peça a ele que assinale os sintomas que ele acredita estar apresentando.


Isso nada mais é que uma auto-avaliação do paciente, a qual pode aumentar a possibilidade de se detectar a depressão maior.


DIAGNÓSTICO - um dos critérios utilizados: dos sintomas abaixo, o paciente tem que ter pelo menos "cinco" deles, sendo que estes devem ocorrer concomitantemente e pelo menos um dos dois primeiros deve estar obrigatoriamente presente. Importante saber que esses sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas. Esse teste você pode fazer e, em caso de suspeita, procurar o mais urgente possível um profissional competente para ajudá-lo.


. humor deprimido na maior parte do dia, quase diariamente;


. redução significativa de interesse ou prazer em quase todas as atividades, na maior parte do dia, quase diariamente (percebido pelo próprio indivíduo ou por outrem);


. perda ou ganho significativo de peso;


. insônia/hipersônia;


. agitação (euforismo)/retardo psicomotor (transtorno bipolar);


. fadigabilidade aumentada (redução de energia);


. sentimentos de auto-desvalorização (culpa), se menosprezando e se achando o(a) culpado(a) por tudo - sentimento de culpa;


. redução da concentração (indecisão);


. idéias recorrentes de morte ou suicídio.



ATENÇÃO: FATOR DE RISCO DE SUICÍDIO


Deve-se tomar um cuidado extremo em relação a esse ítem com todos os pacientes com depressão maior.


Fazer perguntas diretas sobre a existência de idéias de morte, impulsos ou histórias de tentativas anteriores de suicídio.


Em uma de minhas conversas com psicólogos e psiquiatras, fui informada de que tentar o suicídio ou chegar a vias de fato, pode ocorrer em questão de poucos segundos, sem se dar tempo de impedir, em muitos casos, quando não se tem nenhum vestígio, alerta, avisos ou indícios.


Fui informada também de ser frequente pessoas em estado depressivo pensarem mais em morte ou acharem a vida um fardo excessivo ou desejam simplesmente morrer.


É de extrema importância que os profissionais esclareçam e confortem os pacientes de que as "idéias de suicídio" são sintomas comuns de depressão e não um sinal de "loucura".


Muitos se punem devido à sua convicção religiosa, aumentando e tornando esse sintoma mais complexo ainda.


No caso desse sintoma, na maioria das vezes é inevitável a internação do paciente para cuidados especializados e monitoramento constante e total.


TRANSTORNO BIPOLAR


Apenas uma pequena porcentagem de pacientes com depressão maior apresenta "transtorno bipolar".


- pacientes que apresentam alterações cíclicas de humor com alternância de epsódios de depressão e mania, sendo que no período entre os epsódios, podem sentir-se perfeitamente normais;


CRITÉRIOS PARA SE DIAGNOSTICAR "MANIA":


OBS.: pelo menos quatro dos sintomas apresentados a seguir, incluindo o primeiro deles, devem estar presentes por um período de pelo menos uma semana.


- período bem definido de humor anormal e persistentemente exaltado, expansivo ou irritável;


- menor necessidade de sono;


- pressão para falar (necessidade de falar e continuar falando).


- dificuldade de manter a atenção;


- fuga das idéias;


- aumento de atividades (tanto socialmente como no trabalho, na escola, ou em relação ao sexo) ou agitação psicomotora;


- aumento da auto-estima ou idéias de grandeza;


- diminuição das inibições sociais e envolvimento excessivo em atividades agradáves com elevado potencial de consequências danosas (compras impulsivas, indiscrições sexuais ou investimentos descabidos).


PAUSA: Nesse momento, em que tento passar para vocês informações gerais da depressão e do estresse, percebo que no momento estou com 30% desses sintomas.


Desde 1995, quando foi diagnosticado pela primeira vez o estresse e o transtorno bipolar, mesmo depois de ter recebido alta, fiquei com sequelas terríveis, mais do estresse que de depressão. Naquela época a Dra. Sandra Lia Chioro-Psiquiatra explicou que, no meu caso, o "estresse desencadeou a depressão".


Mas não tenho vergonha de dizer que tenho uma Síndrome, a qual chamo de "Sindrome do Pânico da Dor e da Depressão".


Os profissionais que me acompanham hoje costumam dizer que, o fato de estar com "medo da depressão" indica que o perigo é bem menor de cair por causa dela, caso ela esteja se manifestando.


Costumo receber várias advertências pois, com as dores que sinto, com a fibromialgia em último grau e com problemas pessoais extremamente complicados de serem administrados, eles alegam que, se eu estivesse com depressão, não estaria nesse momento lutando com todas as garras e determinação, e que, com certeza, teria caído num buraco fundo, me fecharia e seria bem mais difícil e praticamente bem mais complexo para fazer um tratamento.


Para vocês terem uma idéia, eu é que me cuido em relação à toda medicação (faixa preta), tomando todos os medicamentos na hora e na dosagem correta, sem abusos e erros como esquecendo, trocando ou ingerindo medicamentos de forma incorreta. É claro que não sua uma "Super Mulher" e que têm dias que as dores fazem com que os horários dos medicamentos, banho e todo o resto fiquem totalmente descontrolados.


Quando fico sem forças, a família nem sabe como funciona a medicação.


Por esse motivo, tenho um "Diário de Bordo" onde anoto todos os sintomas que ocorrem comigo diariamente, alimentação, funcionamento dos rins e do intestino, temperatura, peso, banho, produtividade, sentimentos, horário de todos os medicamentos, medicamentos extras, ou seja, um diário e tanto.


Não esquecendo também das informações quanto ao estado emocional e acontecimentos que influiram tanto de forma negativa ou positiva no tratamento.


Aconselho a todas as pessoas que adquiram esse costume de usar um "Diário", pois no meu caso esse costume está favorecendo o andamento do tratamento, no controle das atividades, análise das emoções, sentimentos e atitudes.


Gente! É algo que me faz um bem tremendo e que tem mil e duas utilidades"


ANAMNESE E EXAMES FÍSICOS COMPLETOS


A queixa principal do paciente deve ser INVESTIGADA CUIDADOSAMENTE, com interrogatório sobre os diversos aparelhos do corpo, sintomas e exames físicos.


Se não for encontrada causa ou fatores desencadeantes para a queixa principal, diagnostique um transtorno primário de humor.


OBSERVAÇÕES: Um dos motivos mais importantes de trabalhar nesse projeto, escrevendo este livro, foi justamente o descaso, despreparo e a negligência no processo de investigação da enfermidade para se chegar a um diagnóstico fidedígno, e também a demora do tratamento pelo SUS, principalmente nos casos, mais do que evidentes, de urgência.


Mesmo com todos os problemas que os agentes da Área da Saúde têm para enfrentar, não justifica tando descaso, tantos erros médicos.


TODOS NÓS SOMOS GOVERNO, e para termos o direito de fazer reinvindicações, temos que fazer a nossa parte, o possível dentro do impossível.


Cerca de 10% a 15% dos casos de depressão são produzidos por outras doenças ou condições não psiquiátricas:


- abuso de álcool/drogas ilícitas/drogas de uso controlado;


- reação de luto (não excedendo dois meses);


- distúrbios auto-imunes, neurológicos, metabólicos, infecciosos, oncológicos entre outros - Hipotiroidismo, câncer;


- outros transtornos mentais: transtornos alimentares, TOC - Transtorno Obscessivo Compulsivo, alguns casos de transtorno de pânico.


EDUCAÇÃO DO PACIENTE


A eficácia de qualquer tratamento depende de um trabalho conjunto de médico e paciente. Este deve ser informado sobre o diagnóstico, o prognóstico e as opções de tratamento, incluindo custo, duração e efeitos colaterais potenciais. Ao apresentar as informações sobre o controle clínico da depressão, é conveniente ressaltar que:


. a depressão é uma doença, não um defeito de caráter ou fraqueça;


. a recuperação é regra, não exceção;


. os tratamentos são eficazes e existem diversas opções. Um tratamento eficaz pode ser encontrado para quase todos os pacientes;


. o objetivo do tratamento é a eliminação completa dos sintomas, não apenas melhorar, mas se restabelecer e permanecer assim;


. o risco de recorrência é significativo: 50% após o primeiro epsódio, 70% após o segundo epsódio e 90% após o terceiro epsódio;


. tanto o paciente como a família devem ficar atentos aos sinais e sintomas iniciais de recorrência e procurar tratamento longo, se a depressão retornar.


TRATAMENTO


O objetivo do tratamento da fase aguda já é a remissão dos sintomas.


A adordagem clínica da depressão inclui:


. medicamento;


. psicoterapia:


. associação de medicamentos e psicoterapia.


DEPRESSÃO GRAVE - o paciente apresenta praticamente todos os sintomas de depressão, que quase sempre o impedem de realizar suas atividades cotidianas normais.


DEPRESSÃO MODERADA - o paciente apresenta muitos sintomas de depressão, que frequentemente o impedem de cumprir suas obrigações.


DEPRESSÃO DISCRETA - o paciente apresenta alguns sintomas de depressão, que o obrigam a um esforço para realizar suas obrigações.


MEDICAMENTO - Evidências científicas indicam que mais de 50% dos pacientes depressivos que iniciam tratamento farmacológico apresentam melhora significativa ou remissão completa dos sintomas depressivos.


PSICOTERAPIA - Deve ser realizada por um psicoterapeuta experiente. É essencial uma criteriosa avaliação médica do grau da depressão, para se evitar que quadros graves sejam privados do necessário tratamento medicamentoso com risco de "suicídio e elevado índice de cronificação".



"O PRECONCEITO E O DESCONHECIMENTO CIENTÍFICO SÃO AINDA OBSTÁCULOS ENORMES NA GUERRA MÉDICA CONTRA A DEPRESSÃO".


http://www.josemol.com.br/


A depressão não é uma fraquesa. É carência de uma substância chamada neurotransmissor e sua produção não está sob o controle da nossa vontade; por isto não adianta falar para o deprimido que ele precisa ter fé.


A família e a sociedade podem ajudar ao deprimido fornecendo apoio e solidariedade e não conselhos.


CONSELHOS TIPO:


Seja forte, dê a volta por cima, tenha força de vontade, largue todos esses remédios, saia dessa cama, seu problema é espiritual, você precisa de Jesus no coração, alguém fez magia negra que precisa ser desfeita, etc., etc., etc., ou então:- "Faça como eu que sou inteligente e sei viver a vida e posso até ensinar a você que é incompetente!


Todas essas sugestões são feitas sem a mínima sensibilidade e consideração pelo sofrimento do próximo e quem sugere não assume a responsabilidade das consequências.


TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO


Doença crônica e debilitante, caracterizada por:


- pensamentos não desejados, que invadem a mente da pessoa e ficam insistindo (obsessões), provocando comportamentos irracionais e repetitivos, que o paciente não consegue evitar (compulsões).


A doença atinge igualmente os dois sexos, podendo iniciar na infância ou na idade adulta.


Atinge cerca de 3% da população.


Sintomas mais frequentes:


. medo de ferir os outros;


. pensamentos obscenos ou blasfemos;


. preocupações com simetria;


. medo de ser responsável por eventos terríveis;


. lavagem excessiva das mãos e de todo o corpo (banhos que duram horas, cheios de rituais);


. medidas para prevenir contaminações;


. verificação excessiva de fechaduras e portas, rituais pra transpor limiares (portas, riscos no chão, etc...);


. distúrbio do apetite(bulimia/anorexia);


. compulsão ao jogo, à internet;


. mania de arrancar os cabelos (tricotilomania), etc.


A pessoa reconhece que esses pensamentos e comportamentos são completamente anormais, mas não consegue vencê-los. Geralmente não comenta com os familiares ou amigos, com medo de ser considerada uma pessoa louca.


MEDICAMENTOS - Clomipranina (Anafranil), Fluoxetina (Prozac) e a Paroxetina (Aropax). O tratamento medicamentoso começa a fazer seu efeito benéfico, após um mês, mas pode durar anos e quando o resultado não é satisfatório a associação com a Terapia Cognitivo Comportamental é a que costuma dar os melhores resultados.


E S T R E S S E


Ouvimos falar sobre ele o tempo todo. Acho que é difícil passarmos um dia sequer sem que alguém diga que está estressado.


A maioria das entrevistas, artigos, discussões em volta do assunto "estresse" geralmente se trata da sua "prevenção", o que concordo em gênero, número e grau que, nos dias de hoje, é imprescindível, extremamente necessário que se estimule as pessoas a evitar um estresse.


No meu caso, ele foi tão severo ao ponto de me incapacitar para o trabalho, viver em sociedade, curtir filhos, amigos, me deixando totalmente desiquilibrada físicamente. A impressão que me dá é que já viví mais de oitenta anos e que preciso parar, descansar e ser obrigada a me aposentar por invalidez.


Infelizmente, fui vítima de descaso, despreparo e negligência médica, sendo tratada de forma inadequada, não passando por exames e avaliações necessárias para investigação das dores insuportáveis que me acompanham a tantos anos (mais ou menos uns oito anos, sendo que piorou a partir de 1998).


Tomei medicamentos incorretos e fui tratada com negligência durante anos e, enquando isso, o estresse foi dominando todo o meu corpo.


Fico imaginando quantas milhares de pessoas estão nesse momento passando pelo que passei e que, não obtiveram as informações necessárias e vitais para um tratamento adequado, podendo ficar com estou hoje: dependendo de andador, cadeira de rodas, afastada pelo INSS, sem poder rir, chorar, cantar, dançar, cuidar de minha família, filhos e outras coisas mais.


Vários fatores desencadearam o estresse em meu corpo e aproveito, nesse espaço, para colocar o que fiz de errado, a maneira como desrespeitei meu corpo, como me anulei, também sobre alguns fatores externos, tanto dentro da vida social, profissional como também na vida familiar.


Infelizmente, muitos dos problemas de ordem pessoal não tenho o direito de falar abertamente sobre eles, levando em conta o respeito pela minha família, mas posso garantir que é uma cruz razoavelmente pesada (e como!).


Considero meu estresse emocional, físico, mental e espiritual (sendo este último difícil de discutir também no momento).


Costumo chamar meu livro de "Projeto", pois na realidade não sou escritora e, faço uso dele para iniciar minha luta contra a "Discriminação e o Preconceito em relação ao estresse e à Depressão.


Tive a triste experiência de acompanhar a história de vários chefes de família, entre 30 e 45 anos principalmente, perdendo seus empregos, sua credibilidade perante a sociedade, seu espaço no mercado de trabalho.


Se as minhas dores me permitirem, me derem tréguas, pretendo fazer trabalhos científicos, pesquisas estatísticas junto a pacientes, médicos especialistas e médicos do trabalho para combater o preconceito, a discriminação, e que haja trabalhos mais intensivos na prevenção do estresse e também no apoio às pessoas atingidas que estão sendo tratadas de forma inadequada, desrespeitosa e sem dignidade.


Antes de falarmos sobre a parte técnica de informações sobre o "estresse", e mesmo tendo no decorrer do livro várias informações a meu respeito, posso afirmar hoje que 25% do meu estresse foi desrespeito pra com o meu corpo, 25% provocado por problemas de ordem pessoal e emocional e, 50% responsabilizo médicos e agentes da área de saúde, como negligência, despreparo, falta de respeito, descaso, falta de investigação dos diversos sintomas durante oito anos, sempre procurando tratamento.


Sei que estou sendo até repetitiva, mas minha impotência, dependência, dores, enfim, tudo isso têm sido muito difícil aceitar e superar.


PESQUISA


ESTRESSE - esforço extra a que o organismo é submetido quando necessita se adaptar a uma situação que causa mal-estar e sofrimento.


TIPOS DE ESTRESSE:


FÍSICO - causado por uma doença ou traumatismo qualquer. Basta ter um cisto no olho para ficar estressado.


AMBIENTAL - calor ou frio demais podem levar ao estresse.


PSICOLÓGICO - provocado por qualquer pensamento capaz de colocar o organismo em estado de perigo ou emergência. Imaginar um mal estar é suficiente para que o cérebro reaja como se o corpo o estivesse sofrendo de fato.


A REAÇÃO NERVOSA:


. HIPOTÁLAMO - todo o estresse produzido por uma preocupação ou ansiedade ativa o hipotálamo, que transmite uma mensagem para que o organismo fique em estado de tensão, de perigo iminente.


. HIPÓFISE - recebe a mensagem, enviada pelo hipotálamo, de que existe uma situação de risco. A glândula envia pelo sangue mensagens químicas para que o corpo se prepare para a luta ou fuga.


. GLÂNDULA SUPRA-RENAL - a hipófise determina à glândula que comece a secretar adrenalina e cortisol, que preparam o corpo para as situações de perigo. As mensagens são instantâneas.



Obs.:no capítulo sobre consultas e exames realizados, com seus respectivos resultados, vocês poderão observar as alterações que ocorrem na supra-renal e também o tipo de tratamento adotado


O CORPO


Levado ao estado de alerta, acontecem alterações em todo o organismo.


O sangue se concentra no coração, para bombear mais rapidamente; nos pulmões, para realizarem mais trocas gasosas; nos músculos para se contraírem, em certas áreas do cérebro que capacitam o organismo para tomar decisões rápidas.

SINTOMAS DO ESTRESSE IMEDIATO


. aumento de suor;


. palidez da pele;


. aceleração do coração e respiração;


. contração do estômago;


. aumento do metabolismo;


. aumento dos níveis de glicose e colesterol no sangue;


. aguçamento dos sentidos.

COMO RECONHECER O ESTRESSE

Muitas pessoas estressadas não reconhecem esse seu estado simplesmente porque é uma situação real e a confundem com a natural (eu demorei mais de seis anos para aceitar que "precisava parar" e que alguma coisa estava errada comigo. As consequências são essas que estou passando para vocês).

Para saber se você está ou não com estresse, verifique se você está apresentando um ou mais dos seguintes sintomas:

. redução ou excesso de sono, fome, atividade.Irritação frequente/intensa;

. respostas exageradas (qualquer problema, por pequeno que seja, incomoda de uma maneira anormal ao ponto de você ter atitudes nada sensatas);

. tonturas, desmaios: sem um motivo diagnosticado;

. consumo excessivo de bebidas alcóolicas;

. variação do humor;

. baixa afetividade. Apatia emocional; resposta emocional preponderantemente negativa;

. falta de alegria ou muito entusiasmo;

. medos injustificados;

. compulsão. Repetição de ações sem motivo (lavar as mãos seguidamente, fechar a porta, etc.);

. dores nas costas, má digestão, vômitos, gripes frequentes e outros distúsbios físicos sem causa aparente.

O estresse se apresenta de maneira diferente para diferentes pessoas.

Ele se inicia com sintomas emocionais e se amplia para o campo físico. Nesse âmbito pode se iniciar com sintomas pequenos de de pouca importância (caspa, por exemplo), mas se expande para sintomas de reflexos mais significativos como enxaqueca, hipertensão, úlcera, etc..

A DOENÇA DO ESTRESSE

. Se o estresse deixar de identificar uma situação aguda, o que é saudável, e persiste até tornar-se crônico, é hora de procurar um especialista para controlar o problema;

. A mensagem de perigo é sempre renovada, o organismo permanece em estado de alerta até entrar em fadiga.

"A MAIOR ARMA CONTRA O ESTRESSE É RESPEITAR-SE E APROVEITAR O QUE A VIDA PODE OFERECER EM SUAS VÁRIAS FACES: NO TRABALHO, NO LAZER, NA VIDA AFETIVA, ETC.

PROCURE RECOMPOR SEU MODO DE VIVER E PROCURE AJUDA SE NECESSÁRIO"

MALES PROVOCADOS PELO ESTRESSE

Gastrite, úlcera, hipertensão, infecções, dificuldades, sexuais, doenças da tireóide, vertigens, dores nas costas, artrite, cistite, FIBROMIALGIA, FADIGA CRÔNICA, alergias e outras.

Obs.: Os primeiros sinais que se apresentaram em meu corpo foram as vertigens, ausências (desmaios), sintomas de labirintite, suspeita de tireóide. Em 1991/1992 fiz uma série de exames e todos deram resultados negativos. O médico diagnosticou "estresse" e solicitou que eu diminuísse minhas viagens de trabalho, principalmente viagens aéreas (é claro que fui desobediente...). Tinha muita dor de cabeça, ânsia de vômitos, fadiga, dores pelo corpo todo, horários totalmente irregulares tanto para alimentação como para o trabalho. Tinha uma alergia que aparecia e ia embora quando bem entendia (na virilha, abaixo das mamas, nas coxas e pernas).

COMO COMBATER O ESTRESSE?

Essa é uma das respostas que mais é dada através de todos os meios de comunicação, entrevistas, artigos, folhetos explicativos, etc..

Infelizmente, há a necessidade de se levantar questões como: quais são as suas consequências? Como tratar dessa doença quando ela já tomou todo o seu corpo? Que doenças o estresse pode desencadear? Como lutar como preconceito e discriminação, principalmente no trabalho? Porque temos que literalmente nos esconder no trabalho quando o diagnóstico é estresse e principalmente quando exige afastamento?

Temos informações excessivas de "prevenção do estresse", mas não temos informações quando às consequências de um estresse não cuidado no momento certo, como aceitar a doença, como conviver com a família, com o trabalho e como nos comportarmos na sociedade.

Se está crescendo o número de casos numa progressão geométrica (rapidamente), sendo considerada a doença da época, onde estão os programas e medidas de prevenção junto ao povo de qualquer idade, sexo, raça, nível social? Muitos programas já foram apresentados através da televisão, onde qualquer pessoa tem acesso. Mas, infelizmente, as pessoas se identificam com os sintomas e não podem se tratar, pois se disser no trabalho que está com estresse ou depressão, é um problema sério.

Falo sobre isso à vontade porque sentí na pele o que é passar por isso e também tive oportunidade de conhecer inúmeras pessoas, chefes de família, homens e mulheres, que, após um tratamento, ao retornar ao seu trabalho, foram dispensadas sem justa causa.

Tanto as doenças provocadas pelo estresse como a depressão têm, a cada dia que passa, incapacitado milhares de pessoas, principalmente àquelas na sua idade produtiva, no alge da sua contribuição para com a sociedade, desestruturando famílias e trazendo problemas econômicos e sociais terríveis, que vão aumentando como uma bola de neve.

Sem dúvida alguma, AS ÁREAS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO SÃO OS CARROS-CHEFE "PARA EVOLUÍRMOS" como pessoa (individual) e como membro de uma sociedade, de um País.

Muitas vezes, quando assisto à alguma entrevista sobre uma determinada doença, sinto na pele o que os alunos pensam, por exemplo, numa aula de matemática. Se não colocarmos a teoria dentro da prática no dia a dia, fica abstrato demais, ou seja, o aluno imediatamente pergunta: - "Onde vou usar todas essas fórmulas e teoremas?". Cabe então ao professor ser suficientemente competente para tornar a matemática mais viável e concreta, sendo isso possível de se fazer, tendo didática, paciência, percepção, boa vontade, conhecimento.

O que quiz dizer com isso é que, aquele médico que está sendo entrevistado, principalmente sendo assunto da área de Saúde, que é por demais delicada, deve estar preparado, independentemente do tempo e das regras que lhe foram impostas, tentar no mínimo, nos informar sobre:

. definição da doença;

. o que pode contribuir para que ela se desenvolva;

. os malefícios que ela pode causar;

. que tipo de especialista e profissional a pessoa deve procurar (PENSANDO MAIS NAS PESSOAS DE POUCA AQUISIÇÃO ECONÔMICA, DE BAIXA RENDA (BAIXÍSSIMA);

. sobre os medicamentos mais importantes e também sugestões de alguns componentes caseiros (quando possível), mais fáceis de se conseguir e também orientação sobre postura, conduta, mudanças que possam ajudar na recuperação da enfermidade;

. estatística sobre a ocorrência da enfermidade e de relatar alguns exemplos heterogêneos;

. CUSTOS DA DOENÇA - pensando nas pessoas sem convênio médico, ganhando menos que o salário mínimo, onde conseguir esses medicamentos pelo SUS;

. consequência de um diagnóstico tardio e falho.

Se eu tivesse, desde 1995, conhecimentos dos males que o estresse pode provocar, conseguiria identificar que a maioria das dores em meu corpo já era a SÍNDROME DA FIBROMIALGIA (Fibro o quê?), a qual foi desenvolvida pelo estresse mal cuidado, com total falta de informações sobre tal síndrome,e também por problemas sociais, pessoais, emocionais, desencadeando também a depressão (transtorno bipolar).

Como professora, gosto de alunos que me desafiem e que busquem mais e mais informações, que me coloquem em cheque-mate.

Como pessoa, adoro estudar e procurar saber cada vez mais, principalmente sobre problemas e acontecimentos ao meu redor.

Essa característica me ajudou bastante, mas por outro lado, devo ter incomodado bastante somente pelo fato de querer explicações sobre o que estava acontecendo comigo, justamente para tentar ajudar no tratamento conjuntamente com os médicos.

Acredito que seja obrigação dos médicos de informar a cada paciente o diagnóstico, o tipo de tratamento, as recomendações necessárias, ou seja, tudo que for relevante para o paciente estar bem orientado quanto ao seu real estado de saúde.

PARA COMBATER O ESTRESSE

. Manter a postura ereta ajuda a respiração e a descontração da musculatura;

. Alongamentos contribuem para um excelente relaxamento muscular e devem ser feitos antes da meditação ou trabalho;

. Exercícios físicos praticados com moderação e regularidade liberam hormônios tranquilizadores;

. Repouso em horário regular e pelo tempo necessário recompõe as energias;

. Alimentação saudável, com muitos vegetais para repor as vitaminas diariamente;

. O excesso de café, álcool, cigarros e alimentos industrializados impedem a recuperação do corpo;

. O RISO É MÁGICO. Ele leva a produção de endorfina (responsável pela sensação de prazer).

GENTE! Estou fazendo de um tudo, lutando diariamente para seguir pelo menos um ítem desses citados. Sou uma pessoa extremamente ilimitada e, mesmo com todo o meu sofrimento hoje, está difissílima a tarefa de mudar minha rotina, meus hábitos ruins para a saúde, meus pensamentos de projetos imediatos.

Achava todos esses conselhos uma bobagem e hoje, estou incapacitada, dependente, ingerindo vários medicamentos (23 a 25 comprimidos/dia) para fazerem o trabalho dos órgãos afetados, até mesmo morfina pra conter as dores insuportáveis.

O objetivo de escrever, abrir minha vida dentro do que posso, é justamente pra que você não cometa as minhas loucuras.

Não quero ver você tão mal assim!!!

Lendo uma reportagem especial publicada na revista Época: "O DESAFIO DA DEPRESSÃO", percebi que relatei aqui, praticamente quase tudo que conheço sobre depressão.

Acho que vale a pena complementar esse capítulo com dados dessa matéria, a qual considerei por demais esclarecedora e interessante.

Fala-se também que a falta de diagnóstico e tratamento incorreto levam número cada vez maior de pessoas a sofrer demais com a doença.

. Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, a depressão será a segunda maior causa de "INCAPACITAÇÃO" ao trabalho no ano de 2020;

. Descobriu-se que 45% dos infartados já vivenciaram um epsódio depressivo;

. A depressão deixa de ser apenas consequência e vira fator de risco de outras doenças;

. A média etária de sua primeira manifestação baixou de 40 para 26 anos, sendo que começa a atingir pessoas em plena juventude - crianças e adolescentes hoje fazem parte dos consumidores de antidepressivos;

. FDA liberou o uso de Prozac para crianças a partir de 7 (sete) anos;

. Classicamente chamada de "DOENÇA DA ALMA", a depressão ganhou caráter químico quando se descobriu sua ligação com a falta de suas substâncias no cérebro: A SEROTONINA E A NORADRENALINA;

. Poucos pacientes procuram ajuda e, quando vencem o preconceito, nem sempre recebem o tratamento adequado;

. O Departamento de Saúde dos Estados Unidos recomendou que, a partir deste ano (2003), os médicos façam um exame detalhado se o paciente apresentar sintomas suspeitos da doença, com falta de auto-estima e desânimo;

. O grande passo para combater a doença é AMPLIAR O CONHECIMENTO ENTRE A PRÓPRIA CLASSE MÉDIA. A DESINFORMAÇÃO é tamanha que a maioria interpreta mal os sintomas;

. A depressão têm cura quando descoberta e tratada adequadamente;

. São enormes os riscos de deixar sem tratamento. O mais grave deles é o SUICÍDIO;

. Na Inglaterra o índice das pessoas que se mataram cresceu 50% na última década (e no Brasil? Precisamos pesquisar);

. Problema sério em se ter depressão: ALÉM DO RISCO SER PROGRESSIVO, CADA NOVO EPSÓDIO DURA SEMPRE MAIS TEMPO;

.Um sinal de que muita gente não está se tratando como deve é o número de antidepressivos usados no Brasil. Em 2002 foram vendidos 16 milhões de unidades para cerca de 700 mil pacientes;

. Estudo epidemiológico feito pela USP em 1999 detectou que 17% dos brasileiros passou por, pelo menos, uma depressão na vida;

. O número de consumidores de medicamentos está mais aquém do esperado numa população de mais de 176 milhões de pessoas (enquanto milhares deixam de se beneficiar com os antidepressivos, outros usam os medicamentos inadequadamente);

. Na última década o antidepressivo mais consumido foi o PROZAC - PÍLULA DA FELICIDADE PARA TODO DEPRESSIVO, mas esse medicamento limita-se a atacar a falta de serotonina. Existem pessoas que consomem a pílula apenas porque está com TPM, mau humor, cansaço ou fadiga.

GENTE! TEM MÉDICO RECEITANDO ANTIDEPRESSIVO ATÉ PARA COMBATER UMA GASTRITE OU PALPITAÇÃO DO CORAÇÃO!

. Só 50% dos doentes reagem bem á uma primeira medicação, pois são muitos os sintomas e é preciso que o médico conheça bem o paciente para conseguir identificar o que ele precisa;

. Todo epsódio tem cura, mas, nos casos mais graves, a recuperação pode exigir medicação para o resto da vida, e também a doença pode se tornar crônica;

. Quem não recebe tratamento adequado quando fica deprimido pela primeira vez, tem 50% de chance de enfrentar manifestação da doença. Se passa por um segundo colápso, a possibilidade é de 70% de ter outro. Na terceira vez, a chance é de 80% e, na quarta, é de 90%;

. 17% dos brasileiros vão passar por uma depressão na vida;

. A doença é DUAS VEZES MAIS COMUM EM MULHERES QUE EM HOMENS;

RESPOSTAS COMUNS PARA OS PACIENTES QUE SE SENTEM DEPRIMIDOS E VÃO PROCURAR AJUDA:

NO ENDOCRINOLOGISTA - Acho que não. Você deve estar com algum problema de tireóide e, por isso, ganhou peso e está desmotivada;

NO PSICÓLOGO - Acho que não. Você está chegando aos 50 anos, os filhos saem de casa, o casamento deve ter perdido a graça;

NO ORTOMOLECULAR - Você precisa tomar umas vitaminas para deter a ação dos radicais livres no organismo;

NO GINECOLOGISTA - Acho que não. Você está entrando na menopausa e tem de fazer reposição hormonal;

NO CARDIOLOGISTA - Acho que não. Você ganhou uns quilinhos, o colesterol pode estar alto, precisa fazer exercícios e dieta.

PAUSA: Passei por tudo isso, e vocês vão ter uma idéia bem clara de como foi difícil minha maratona. Hoje, dia 09/06/2003, estou fazendo uso de remédios para tireóide (T4), Cortisol (Medicorten) e muitos outros medicamentos, como a Gabapentina, Fluoxetina, Cloridrato de Tramadol (derivado de morfina), complexos vitamínicos, fórmulas para o cansaço e fadiga, Omeprazol para aguentar todos esses medicamentos em meu estômago, Dalmadorm para conseguir dormir nos dias de muita ansiedade e quando a impotência me faz ficar extremamente triste, me levando ao distúrbio do sono. Também estou tendo que fazer dieta (engordei mais de 35 quilos) e hidroterapia duas vezes por semana (é bastante dolorido, os exercícios acabam comigo e as dores são terríveis).

. A nova geração de antidepressivos, chamada de dupla ação, ataca duas substâncias com poucos efeitos colaterais;

. A MARGINALIZAÇÃO E O PRECONCEITO EM RELAÇÃO A DEPRESSÃO FORAM POR ÁGUA ABAIXO na descoberta de que a depressão tem um componente químico. Mas a associação da depressão com um desequilíbrio químico fez a maioria das pessoas deixar de lado a psicoterapia: "QUEM NÃO VIVENCIA A TRISTEZA DE FORMA LEGÍTIMA ACABA ENTRANDO EM DEPRESSÃO" - ensina Raul Gorayeb, Chefe do Setor da Infância e Adolescência do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo;

. "O MUNDO NÃO TEM ESPAÇO PARA O SOFRIMENTO, É COMO SE NOSSA CULTURA NÃO PUDESSE SUPORTAR ALGUÉM TRISTE", argumenta a psicanalista Maria Rita Kehl. "NINGUÉM QUER VIVENCIAR A TRISTEZA, ANALISAR O QUE SENTE E O QUE FEZ PARA CHEGAR A TAL ESTADO DE DESILUSÃO". Ultimamente os psiquiatras voltaram a aconselhar seus pacientes a fazer terapia. Só que, uma nova forma, chamada de cognitiva.

Desenvolvida nos anos 70, ela é focada nos pensamentos negativos que rondam o depressivo. Em um primeiro momento, funciona como um pronto socorro, ajudando o paciente a vencer o medo de voltar à rotina.

Estudos comprovam que o tratamento medicamentoso aliado à terapia cognitiva é a mais bem sucedida forma de combater a depressão. Certa de 80% dos pacientes ficaram curados.

. "AVANÇAMOS COM DROGAS POTENTES DE POUCOS EFEITOS COLATERAIS QUE ENCORAJAM O PACIENTE A TOMAR A MEDICAÇÃO PELO TEMPO NECESSÁRIO", comenta o Psiquiatra Beny Lafer.

. A depressão apresenta UM FORTE COMPONENTE HEREDITÁRIO. A chance de quem tem pai ou mãe depressivo desenvolver a doença varia de 20% a 40%. A maioria, no entanto, enfrenta a doença sem saber o porquê de seu surgimento e o porquê de, mesmo tendo uma vida aparentemente feliz, só conseguiu ver sofrimento e escuridão.

A ALQUIMIA DA DEPRESSÃO

PACIENTES SADIOS - Encarregados de propagar os estímulos nervosos, a serotonina e a noradrenalina livremente nas células nervosas.

PACIENTES DEPRIMIDOS - Por razões ainda desconhecidas pela ciência, há escassez das duas substâncias que são recaptadas pelas células.

PACIENTES SOB MEDICAÇÃO - Os antidepressivos atuam diminuindo a falta de ambas as substâncias. De um lado, impedem que elas sejam recaptadas. De outro, estimulam sua circulação.

A EVOLUÇÃO DOS ANTIDEPRESSIVOS

TRICÍCLICOS - Inibem a recaptação da serotonina e da noradrenalina. Exemplos: Trofanil, Anafranil.

INIBIDORES DA MONOAMINOOXIDASE - Impedem a ação de uma enzima no cérebro que destrói a serotonina e noradrenalina. Exemplo: Aurorix;

DUPLA AÇÃO - Agem como os tricíclicos com menos efeitos colaterais. Exemplo: Ixel, Efexor

DEFICIÊNCIAS DA SEROTONINA

. Desmotivação

. Muito ou pouco apetite;

. Pouco interesse sexual;

. Agressividade;

. Oscilação do Humor;

. Pensamentos negativos;

. Ansiedade;

. Irritabilidade.

DEFICIÊNCIA DE NORADRENALINA

. Falta de energia;

. Perda de interesse;

. Concentração reduzida;

. Insônia;

. Incapacidade de tomar decições;

. Pensamentos negativos;

. Ansiedade;

. Irritabilidade

Para escrever esse capítulo, usei meus próprios sintomas e experiências durante oito anos, e também várias matérias de jornais, livros, folhetos explicativos, orientações de médicos capacitados, artigos e matérias publicadas em revistas em geral.

FONTE:

. Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica - Programa de Educação Sanitária;

Guia de Consulta Rápida para Clínicos

Guia de Orientação Clínica - Depressão em Atenção Primária

Tópicos: Critérios Diagnósticos, Diagnóstico Diferencial, Tratamento de Depressão Maior

Av. Presidente Vargas número 433 - CEP.: 14020-260 - Ribeirão Preto - SP (Material de 1994)

. Centro de Tratamento de Depressão

http://www.josemol.com.br/

. Hospital Santa Lúcia

SHLS Quadra 716, conj. C - CEP.: 70.390-700 - Brasília - DF

http:// www.santalucia.com.br

. Mundo Psi - Psico News Bron-line - Psicologia: Profissionais e Serviços

. Revista Época número 259 - 05/05/2003 - Matéria Especial com Eduardo Burchkhardt - http://www.epoca.com.br/

Nota: Essa matéria fantástica enriqueceu as informações sobre depressão. Trabalhei neste capítulo após já ter concluido praticamente 85% do livro. Da mesma forma aprendi muito com essa reportagem e sabendo que existe um público alvo que não tem acesso a todas as matérias a respeito que são publicadas, decidi citar o maior número de informações dessa matéria.

. Relatos sobre minha vida, de 1995 a 2003, sobre tudo que passei, tendo em mãos atestados, documentos diversos que comprovam tudo que escrevi. Acredito que minhas experiências ajudaram bastante para escrever este capítulo, apesar de não ser médica - me olhei no espelho, olhei para traz e tentei passar para o papel toda a minha luta.

. Folhetos explicativos diversos cedidos pelos médicos e pesquisa contínua junto aos médicos, para compreenção maior de todas as Síndromes pelas quais passei e ainda estou passando.

ATENÇÃO: Considerando o fato desse capítulo ter sido escrito em 2003, e hoje estarmos em 2007, haverá uma complementação em capítulos posteriores.

Capítulo VI do livro Meus Quinze Metros Quadrados, relatos de uma fibromiágica, escrito de abril a junho/2003











2 comentários:

Cristian Willians disse...

Preciso de um terapeuta urgente... sou perigo para a sociedade kkkk Ótimas as informações!!!

Eliane disse...

Gostaria de obter contato , ou melhor manter contato pois, tenho 43 e há 3 anos fui diagnosticada com fibro...sou fisioterapeuta e meu mundo ...bem , meu mundo virou de ponta cabeça...quero acreditar que exista alguem que me entenda.
as depressões, dores, medicamentos, hospitalizações e , e um marido irado, raivoso, egoita...sera que alguem pode me entender?